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REM Mato Grosso ganha projeção internacional durante a COP-26

O REM Mato Grosso (do inglês, REDD para Pioneiros) ganhou projeção internacional durante a Conferência Mundial do Clima (COP-26) realizada na semana passada. Autoridades ambientais de diferentes países elogiaram os resultados do programa, que tem ajudado Mato Grosso no combate ao desmatamento, na produção sustentável e na redução das emissões de gases de efeito estufa (gee) que superaquece o planeta. 

Fernando Sampaio, diretor da estratégia Produzir, Conservar e Incluir (PCI), ressalta que a comunidade internacional ficou ciente de que o Estado possui um mecanismo de REDD+ [Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação Florestal] robusto. Isso, conforme Sampaio, dá segurança aos investidores internacionais pagarem pelos serviços ambientais prestados por Mato Grosso.

“Essa situação abre um leque de possibilidades e investimentos para Mato Grosso. Mostra que estamos à frente de outros estados que ainda estão iniciando seus sistemas de REDD+. Na COP conseguimos mostrar isso aos investidores. Que o Estado está com esse sistema consolidado e  funcionando de maneira plena. Que nesse sistema há governança, distribuição de repartições e salvaguardas para proteger comunidades tradicionais da agricultura familiar e fortalecer a autonomia das comunidades indígenas”, enfatiza o diretor da PCI.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Maggie Charnley, do Departamento de Negócios, Energia e Estratégia Industrial do Reino Unido (BEIS), por sua vez, ressaltou que o Programa REM MT “mostrou que é possível construir com sucesso um ambiente favorável para gerenciar o desmatamento”. O BEIS é um dos investidores do REM juntamente com o governo Alemão. Essas duas nações premiaram o Estado por seus serviços ambientais em 44 milhões de euros, que são desembolsados em parcelas anuais, desde 2019. 

 
Comitiva do REM MT, acompanhada por Maggie Charnley, do Departamento de Negócios, Energia e Estratégia Industrial do Reino Unido (BEIS). (Ao centro, de camisa roxa)

Marcela Paranhos, especialista em Desenvolvimento Sustentável pela IDH [Iniciativa para o Comércio Sustentável], destaca “que é um orgulho ser parceiro do REM”. Isso porque, conforme ela, o programa tem direcionado projetos de assistência técnica para as regiões agrícolas mais importantes de Mato Grosso, que sofrem muita pressão pelo desmatamento.

“Estamos avaliando agora como fazer um esforço concentrado para pequenos produtores de pecuária no Noroeste do Estado, onde o IDH venha complementar com um novo programa no sentido de dar mais rastreabilidade e sustentabilidade à produção desses pecuaristas”. 

A secretária de Estado de Meio Ambiente, Mauren Lazaretti, também destacou as ações do REM durante a COP-26, para além do combate ao desmatamento. Ela disse que as linhas mestras do programa fizeram com que o Governo de Mato Grosso investisse em comunidades que historicamente preservaram as florestas do Estado. 


Secretária de Estado de Meio Ambiente, Mauren Lazaretti

Ela acrescentou ainda que: “manter a biodiversidade e preservar os recursos naturais impõe que a gente inclua a sociedade nessas discussões e nos compromissos de conservação e desenvolvimento. Mato Grosso dá o exemplo de união de esforços, de execução responsável de recursos através do Programa REM, e mostramos que é possível produzir, conservar e incluir”.

O REM MT também foi elogiado por Julie Messias, diretora no Ministério do Meio Ambiente (MMA), que foi uma das coordenadoras do “Espaço Brasil” na COP-26. Ela disse que os resultados do programa, apresentados pelo Governo de Mato Grosso, chamaram a atenção tanto de autoridades nacionais quanto internacionais. 

Ressaltou ainda que o sistema de REDD+ de Mato Grosso, por meio do REM MT, é uma grande referência e servirá de base para o Governo Federal validar os sistemas dos outros estados que também querem ser pagos pelos seus serviços ambientais. “Essa agenda de REDD o Mato Grosso vem implementado muito bem. E para a gente é uma satisfação receber, aqui no Espaço Brasil, essa interação de todos os estados da Amazônia para falar um pouco dessa Amazônia Real”.

Apoio às populações indígenas

Mato Grosso também se destacou no evento pela atuação do REM no apoio às populações indígenas, que estão entre os principais agentes de proteção das florestas.

“As autoridades internacionais perceberam na COP que Mato Grosso tem apoiado essas comunidades, mostrando aos indígenas que eles têm autonomia para atuar em seus territórios”, destaca Fernando Sampaio, o diretor da PCI.

Marcos Balbino, coordenador do Subprograma Agricultura Familiar de Povos e Comunidades Tradicionais (AFPCTs) do REM MT, entende, que esse é o grande trunfo do Programa REM: “favorecer projetos que invistam na agricultura familiar dos pequenos produtores, indígenas, quilombolas e demais comunidades tradicionais”. 


Marcos Balbino, coordenador do Subprograma Agricultura Familiar de Povos e Comunidades Tradicionais (AFPCTs) do REM MT

E o que lhe deixou mais entusiasmado na COP é saber que os organismo internacionais estão sabendo dessas ações do REM, junto aos protetores da floresta.

“O BEIS está a par desse trabalho com os povos indígenas e as comunidades tradicionais. É claro que é importante as ações de combate ao desmatamento. Mas, entendo que o que faz o REM MT se diferenciar em relação a outros programas são esses investimentos em quem historicamente produz e preserva as florestas”, reforçou. 

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