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Preocupados com os focos de calor em terras indígenas, REM MT entrega mais de mil EPIs para brigadas indígenas

Preocupados com os focos de calor em terras indígenas mato-grossenses e se antecipando ao período de seca – em que os incêndios florestais aumentam, o Programa REM MT, por meio do Subprograma Territórios Indígenas, realizou a entrega de mais de mil Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) para as brigadas indígenas.

Os EPIs foram distribuídos pelo REM MT ao Batalhão de Emergências Ambientais (BEA-MT). Os itens são compostos por fardamento completo, mochilas de hidratação, balaclava, coturnos, luvas, capacetes, redes e barracas.

Agora, cabe ao BEA remeter os equipamentos às comunidades indígenas situadas nas sete regionais da Federação dos Povos e Organizações Indígenas de Mato Grosso (Fepoimt).

EPIs para brigadas indígenas

Atendendo a 43 etnias que moram em Mato Grosso, as regionais estão distribuídas por todo território do Estado e são as seguintes: Cerrado/Pantanal, Kayapó Norte, Médio Araguaia, Noroeste, Xavante, Vale do Guaporé e Xingu.

Dentre as comunidades que receberam os equipamentos, estão a aldeia Piaruçu e Kapoto-Jarina, em São José do Xingu; aldeia Umutina/Balatiponé, em Barra do Bugres; aldeia dos Chiquitanos, em Porto Esperidião e terra indígena Tadarimâna, em Rondonópolis.

As terras indígenas são constantemente ameaçadas pelas queimadas ilegais. Segundo levantamento inédito, feito pela organização Global Forest Watch a pedido da Repórter Brasil, as Terras Indígenas foram devastadas por mais de 115 mil focos de incêndio ocorridos desde o início de 2020 até 29 de outubro do mesmo ano.

O território indígena campeão de queimadas em 2020 – com 10.502 registros de focos de incêndio – é a TI Parque do Xingu, que abriga 16 etnias em 500 aldeias.

PROTEÇÃO DAS TERRAS INDÍGENAS E DOS BRIGADISTAS

De acordo com o tenente-coronel BM Marco Aurélio Aires da Silva – comandante do Batalhão Especial Ambiental (BEA) do Corpo de Bombeiros Militar, o comitê estratégico para o combate ao desmatamento ilegal, exploração florestal ilegal e aos incêndios florestais estabelece anualmente um plano de ação.

Dentro desse plano, estão a aquisição e distribuição de diversos equipamentos. Para as brigadas indígenas, os EPIs são importantes não somente para a proteção das terras indígenas, mas também para proteger os brigadistas. 

Uniformes que foram adquiridos por meio do subprograma Territórios Indígenas, do Programa REM MT (Foto: Reprodução)

“Esse plano de ação engloba diversas aquisições de equipamentos permanentes e de consumo, que são fundamentais para a redução dos incêndios florestais e crimes ambientais dentro do estado de Mato Grosso. E uma delas foi a aquisição de grandes quantidades de EPIs para as brigadas indígenas, o que possibilita exercerem essas atividades de combate aos incêndios dentro das terras indígenas de forma mais assertiva, garantindo a segurança do brigadista indígena durante a execução das suas atividades”, detalha.

Os incêndios florestais são preocupação constante dos povos indígenas, explica o coordenador do subprograma de Territórios Indígenas, Marcos Ferreira. Desde a reunião de governança realizada no ano 2021, o tema passou a estar presente em todas as reuniões posteriores da Governança do Subprograma Territórios Indígenas que tem atuado como catalisador de processos entres os atores responsáveis pela prevenção e combate a incêndios florestais.  

“Atualmente apoiamos as Brigadas já existentes do PrevFogo, por meio de projetos dos povos indígenas, apoiamos integralmente a criação de três brigadas indígenas e conforme solicitadas pela governança, apoiamos a aquisição de 100 conjuntos completos de equipamentos de proteção individual  e instrumentos necessários a brigadistas. A redução dos riscos às pessoas na prevenção e combate a esse desastres ambientais são essenciais”, disse o coordenador do subprograma de Territórios Indígenas.

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