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Projeto de pesquisa do Programa REM MT com a Embrapa finaliza com apresentação de resultados do uso de consórcios em sistemas produtivos

Qualidade dos grãos, resultados financeiros e física do solo foram alguns dos resultados apresentados no Workshop de Integração Lavoura-Pecuária, realizado pela Embrapa Agrossilvipastoril, nos dias 23 e 24 de maio, em Sinop. O evento marcou o encerramento do projeto de pesquisa Tecnologias Inovadoras do Sistema Plantio Direto (SPD) e da Integração Lavoura-Pecuária (ILP), voltado para o desenvolvimento sustentável da agropecuária em Mato Grosso, realizado nas últimas três safras.

Com recursos do Programa REM MT (UPPI/ SEMA-MT), o projeto é executado pela EMBRAPA, com a gestão financeira da Fundação de Apoio à Pesquisa e ao Desenvolvimento (FAPED) e com a parceria da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), o Clube Amigos da Terra (CAT – Sorriso) e Fazenda Santana, localizada em Sorriso.

A pesquisa visou oferecer soluções eficazes para a produção agrícola, com foco na redução da população de nematoides, sem comprometer a produtividade. De forma geral, o projeto visa gerar, validar e transferir tecnologias inovadoras, baseadas em consórcios de segunda safra e na solubilização microbiológica de fósforo no solo. 

O Projeto também realizou teste de potenciais consórcios em escala reduzida, capacitação de agentes multiplicadores e fortalecimento da assistência técnica, além da motivação e transferência de tecnologias diretamente aos produtores rurais.

Estudantes e produtores participaram do workshop realizado na Embrapa Agrossilvipastoril – Foto: Priscila Soares / REM MT

O pesquisador da Embrapa Agrossilvipastoril e coordenador do projeto, Flávio Jesus Wruck, explicou como as atividades foram desenvolvidas.

“Esse é um projeto híbrido, que envolve pesquisa aplicada, transferência de tecnologia e trabalhamos também com a capacitação de agentes multiplicadores e de técnicos que atuam diretamente com o produtor. Tivemos 2 módulos presenciais, de 12 horas cada um e mais um módulo EAD de 6 horas. Foram 30 horas de capacitação para esses grupos, onde centenas de técnicos foram treinados, principalmente alunos em fase final de seus cursos”, explicou Flávio.

O professor da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Onã Freddi, que atuou no projeto na parte de fertilidade e física do solo, enfatizou a importância da execução de pesquisas voltadas à produção sustentável.

“Vários produtos são gerados com esse projeto do REM MT, como por exemplo, diversos trabalhos de graduação e teses de mestrado. Tivemos muitos graduandos e mestrandos aprendendo a trabalhar em pesquisa e divulgando tudo isso nas suas vidas profissionais. Então, foi um projeto a nível estadual e até nacional, que teve um impacto muito grande na divulgação do que a gente fez nesses consórcios de segunda safra e com os sistemas integrados”, avalia o professor.