Oficina capacita monitores comunitários para atuarem junto às associações e cooperativas apoiadas pelo Programa REM

 

No intuito de fortalecer a gestão sustentável das cadeias de valor da sociobiodiversidade, o Programa REM MT contratou uma empresa para fazer o monitoramento e treinamento da Oficina de Monitores dos Planos de Gestão das Cadeias de Valor. Esta iniciativa tem como objetivo capacitar profissionais para atuar diretamente com agricultores, povos e comunidades tradicionais, visando impulsionar práticas agrícolas sustentáveis, promover a conservação da biodiversidade e valorizar o trabalho e autonomia dos povos tradicionais.

 

A oficina, que ocorreu nos dias 10 a 12 de janeiro e foi realizada pela Consultoria Devallor, proporcionou aos monitores uma capacitação abrangente sobre os planos de gestão em que o REM MT atua no estado, que se encerram neste ano.

 

Ao todo, 16 candidatos participaram da capacitação, mas apenas 12 serão selecionados. No entanto, segundo o diretor executivo de Devallor,  Fragoso Júnior, o treinamento só favorece os agricultores familiares atendidos.

“Trabalhamos com diferentes cadeias de valor e empreendimentos. Então, estamos aqui hoje com 16 pessoas que foram pra essa segunda fase de seleção, e nesse encontro temos um elemento de treinamento também. Porque o REM acredita que tem um legado que se deixa de transformação no território, de instalar competências para esses territórios, e essas pessoas mesmo não sendo selecionadas, elas fazem parte da agricultura familiar e de povos e comunidades tradicionais, elas atuam com esses empreendimentos”, pontua. 

 

O Programa REM MT tem se destacado como um catalisador para a implementação de práticas sustentáveis no estado de Mato Grosso, contribuindo ainda para o fortalecimento da economia dessas comunidades.

 

Além de explicar como funciona o programa, a oficina busca incentivar a criação de redes de monitoramento que conectem os diversos agentes envolvidos nas cadeias de valor da sociobiodiversidade, promovendo uma abordagem integrada e colaborativa para os desafios enfrentados por essas comunidades.

 

O ponto focal do subprograma de Agricultura Familiar e de Povos e Comunidades Tradicionais (AFPCT), Leonardo Vivaldini, explicou para os participantes o que é o subprograma.

 

“O subprograma é voltado para cadeias de valor, de apoio às organizações da agricultura familiar e de povos e comunidades tradicionais. Ele traz uma mensagem mais ampla do programa, que traz a questão da valorização das florestas. Todo esse arcabouço que foi reestruturado, desde a captação desse recurso até esse recurso de fato chegar nas organizações, cooperativas e associações, ele passa por essa grande mensagem que o estado de Mato Grosso teve uma redução do desmatamento”, cita. 

 

A engenheira agrônoma, Pâmella Magalhães, é uma das candidatas à vaga de monitora comunitária e já atua com agricultores familiares na região da baixada cuiabana que atuam com a olericultura e fruticultura, sendo a banana e mandioca os carros-chefes da produção.

 

Ela presta assistência técnica para as famílias, assim como a parte de gerência. “A parte técnica tanto da produção, no manejo integrado de praga, na época de plantio, manejo de irrigação e na parte gerencial, quanto verificando os custos de despesa e na parte de documentação de acesso a projetos e aquisição de alimentos”, explica.

 

Com a capacitação, ela tem a expectativa de melhorar o acompanhamento. “Os produtores rurais que a gente está acompanhando aqui na baixada cuiabana, estão inseridos no programa REM MT, então nossa expectativa é entender um pouco melhor do projeto para estar auxiliando os produtores no dia a dia, a cumprir todos os prazos, tarefas e obter o sucesso nesse projeto, e que traga melhorias para todas as famílias”, celebra.